Rio de Sergipe

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Rio de Sergipe

por Estefanni Patricia Santos Silva

O rio Sergipe percorre aproximadamente 210 km, até desaguar no oceano Atlântico, entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros. A ocupação do território da bacia do rio Sergipe começou em 1594, quando Tomé Fernandes se estabeleceu além dos mangues do Cotinguiba. A ocupação das terras ao longo do rio Sergipe permitiu, a partir de 1600, a presença de dezoito donos de sesmarias, em poucos anos, continuando por todo o século XVII. A produção do açúcar ocorreu tanto no vale do rio Sergipe como em outros, colocando o rio em posição de destaque na economia sergipana. Com a emancipação política e a instalação de governo próprio, a partir de 1820, as povoações ligadas à bacia do rio Sergipe experimentaram rápido crescimento. A Mesa de Rendas, ou Alfândega, estava instalada em sua margem, na Barra dos Coqueiros. Assim, o rio passou a banhar a nova capital sergipana, Aracaju, fundada em 1855. Tendo ainda as embarcações denominadas “tototós”, que são Patrimônio Cultural e Imemorial do Estado de Sergipe, através do Decreto-lei 7.320/11, navegando por suas águas para o transporte de pessoas. Também foi nesse rio que Zé Peixe, lendário personagem sergipano, exerceu suas atividades de prático da Capitania dos Portos de Sergipe, guiando as embarcações. O rio Sergipe tem sua nascente nas fraldas da Serra Negra, na Bahia. Seus principais afluentes pela margem esquerda são os rios Pomonga, Parnamirim, Ganhamoroba e Cágado; e, pela margem direita, os rios Poxim, Sal, Cotinguiba, Jacarecica, Morcego, Jacoca, Campanha, Lajes e Melancia. A Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe está constituída por 26 municípios dentre os quais, oito (Laranjeiras, Malhador, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo, Santa Rosa de Lima, São Miguel do Aleixo) possuem a totalidade de suas terras nessa Bacia, enquanto que 18 municípios (Aracaju, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Carira, Divina Pastora, Feira Nova, Itaporanga D’Ajuda, Maruim, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Ribeirópolis, Rosário do Catete, Frei Paulo, Graccho Cardoso, Itabaiana, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, Siriri) estão incluídos de forma parcial.


Para saber mais:

MELLO, Janaina Cardoso de. Águas de Sergipe: rios de memórias, oceanos de patrimônios. Diálogos, Maringá, 18(3), 2016, p.1137-1159. SANTOS, G. N. dos; ARAGÃO, I. R.; SOUZA, A. M. B. Patrimônio cultural naval e proposta de roteiros turísticos para as embarcações tototós pelo estuário do Rio Sergipe. Caderno Virtual de Turismo. Rio de Janeiro, v. 16, n. 2, p.93-110, ago. 2016