Nelson de Rubina

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Nelson de Rubina

por Maria Luiza Pérola Dantas Barros


Horácio Nelson Bittencourt, mais conhecido como Nelson de Rubina, nasceu em 1903, no município de Maruim, tendo Horácio Nelson Bittencourt e dona Rubina Santos por pais. Era um “comerciante” que, em 1942, foi preso por furto e vilipêndio ao cadáver de Virgínia Auto de Andrade, uma das vítimas dos torpedeamentos pelo U-507 na costa brasileira. No contexto da Segunda Guerra Mundial e dos torpedeamentos de embarcações brasileiras pelo U-507, submarino alemão em missão no Atlântico, Nelson de Rubina dirigiu-se, acompanhado por um grupo de quatro pessoas, à praia de Atalaia, região onde davam os corpos dos navios torpedeados, e, ao se deparar com um cadáver de mulher que carregava três anéis, ele retirou as joias, vendendo-as, posteriormente, em proveito próprio. Justamente por esse motivo, ele findou recolhido, em 26 de novembro de 1942, na Penitenciária do Estado de Sergipe. Apesar de ser evidente que Nelson de Rubina não foi o único a tentar se aproveitar de toda aquela situação envolvendo a chegada em praias locais de corpos e destroços oriundos das embarcações afundadas pelo U-507, o seu caso acabou oficialmente sendo considerado “algo único” para a “solidária” sociedade sergipana da época.


Para saber mais:

BARROS, Maria Luiza Pérola Dantas. O Caso de Nelson de Rubina: guerra e cotidiano em Aracaju (1942 - 1943). São Cristóvão, SE, 2015. Monografia - Departamento de História, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2015. Disponível em: http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/7308