Museu da Gente Sergipana

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Museu da Gente Sergipana

por jjjjjjjjjjj Janaina Cardoso de Mello

Inaugurado em 28 de novembro de 2011, e aberto à visitação pública em 06 de dezembro do mesmo ano, na capital de Sergipe, o Museu da Gente Sergipana, voltado para o Rio Sergipe, foi pensado coletivamente por gestores públicos, artistas, mestres e intelectuais durante o “I Fórum da Sergipanidade: construindo a sergipanidade”, realizado pelo Instituto Banese, nos dias 26 e 27 de agosto de 2010. Ocupa o prédio construído em 1926, onde funcionou o Colégio Atheneu Dom Pedro II até 1950, mais conhecido como Atheneuzinho, e tombado como patrimônio estadual em 1985. O Museu da Gente Sergipana, com uma arquitetura eclética, já recebeu vários prêmios. A curadoria foi realizada por Marcello Dantas, reconhecido pelo desenvolvimento de projetos de acervos multimídias e interativos como, por exemplo, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Assim, a tecnologia no museu está em tablets, espelhos, mesas com jogos, amarelinha (macacão) com projeção das festas nos municípios, um túnel com um barco com direito à visualização em 360° de rios, pássaros e manguese. Por suas salas, corredores e átrio, são rememorados os “falares sergipanos”, os costumes e tradições, a culinária, a fauna e a flora, as praças (com uma réplica do antigo carrossel de Tobias), a feira e as igrejas como lugares de sociabilidade, os jogos de amarelinha intercruzados com danças e cantos, a fé e os rituais religiosos que unem a capital Aracaju aos espaços do agreste e do longínquo sertão. Conta com diversas exposições de curta duração que integram ao museu o teatro do Mamulengo Cheiroso, os Tototós, a renda irlandesa de Divina Pastora, Laranjeiras e Riachuelo, a flora e botânica sergipanas, jogos de tabuleiro dos folguedos etc. O Museu da Gente Sergipana abriu espaço para as manifestações populares vivas em seu interior, ao promover o samba de coco de Dona Nadir, do Quilombo da Mussuca, em Laranjeiras, em uma apresentação musical com a cantora Patrícia Polayne, em que a voz e a batucada negra ecoaram pelas galerias do museu que virou um lugar de festa e de comemoração negra. Ainda inovou em cursos de formação cultural e oficinas nas quais os Mestres dos Folguedos falam e ensinam seu ofício, além de proporcionar cortejos de estandartes dos grupos de manifestações populares sergipanos sob a liderança do museólogo Mario Chagas (UNIRIO). O museu conta ainda com um café & restaurante com pratos típicos da culinária sergipana e uma lojinha de souvenires, ofertando aos turistas e moradores várias lembranças, livros e obras de arte do estado. Seu auditório é usado para projeção de vídeos e outros eventos. O site permite um tour virtualggg em 360°, favorecendo a interatividade digital. O estacionamento tem painéis de azulejo com pinturas de manifestações culturais como Reisado, Bacamarteiros, São Gonçalo do Amarante, dentre outros. Além de estátuas feitas pelos artistas plásticos Antônio Cruz e Elias Santos (responsável pela estátua de Zé Peixe, o lendário prático da Marinha sergipana), ambas na frente do prédio do museu.

Para saber mais:

DÉDA, Ézio (Org.) Museu da Gente Sergipana: catálogo. Aracaju: Instituto Banese, 2013.33p.

MELLO, Janaina Cardoso de. A festa no museu, o museu em festa: sergipanidade, etnia negra e comemoração no Museu da Gente Sergipana. Anais Eletrônicos da ANPUH/RJ, 2014.

OLIVEIRA, Ana Sílvia Conceição de. Caderno de Ensino de História e Educação Patrimonial. Vol. 1, Museu da Gente Sergipana. São Cristóvão: ProfHistória/UFS, 2018. 79p.

ROCHA, Irla Suellen da Costa. Museu, Cultura e Criatividade: o Museu da Gente e as políticas públicas no Brasil. Dissertação em Comunicação Social. São Cristóvão: UFS, 2016. 137p. Link do Museu da Gente Sergipana: http://www.museudagentesergipana.com.br/