Museu Arqueológico de Xingó

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Museu Arqueológico de Xingó

por Janaina Cardoso de Mello

O Museu de Arqueologia de Xingó (MAX) está localizado no município de Canindé de São Francisco, distante 203 km da capital Aracaju, sendo um órgão suplementar da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em parceria com a Petrobrás e apoio da Lei de Incentivo à Cultura, durante seus primeiros anos, e corresponsabilidade financeira da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF). Fundado em 2000, surgiu para manter a pesquisa e a preservação do patrimônio arqueológico na região do Baixo São Francisco, resultante do salvamento arqueológico realizado pela UFS, de 1988 a 1997, em função da implantação da Usina Hidrelétrica do Xingó. O acervo arqueológico reúne quase 55 mil peças: esqueletos humanos, utensílios e registros gráficos, tratando dos aspectos da cultura humana que, segundo as pesquisas, já estavam na região há pelo menos 9 mil anos. O MAX também abriga um dos maiores acervos cerâmicos de ritos funerários do Nordeste, vindos dos Sítios Arqueológicos do Justino e São José 1 e 2. Tem sido por isso, um grande laboratório para pesquisas, estudos e estágios de professores e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Arqueologia da UFS, bem como de professores e alunos do Bacharelado em Museologia da UFS. Por isso, várias monografias, dissertações, teses e artigos possuem o MAX como objeto de pesquisa; além de o museu também ser um espaço para a realização de eventos como Oficinas e Congressos. Durante sua primeira década, foi responsável por várias publicações de cartilhas e Histórias em Quadrinhos voltadas para o público escolar, bem como a Revista Canindé, com artigos acadêmicos de vários pesquisadores nacionais e internacionais da Arqueologia, História e Antropologia. O museu possui uma reserva técnica, um miniauditório e um laboratório de pesquisa arqueológica; desenvolve ações educativas e de comunicação com as cidades e estados que fazem fronteira com Sergipe, como Alagoas. Sua exposição de longa duração, projeto da museóloga Dra. Cristina Bruno (MAE-USP), leva o visitante à pré-história sergipana, através de dioramas, artefatos, e ainda há uma estrutura que permite o pernoite de grupos de pesquisadores. O museu também oferta uma exposição itinerante que percorre o estado apresentando parte do acervo e as ações do museu.


Para saber mais:

JESUS, Priscila Maria de; BARROSO, Cristina de Almeida Valença Cunha. Comunicação, mediação e acessibilidade nos espaços culturais da Universidade Federal de Sergipe. Fronteiras: Revista de História, vol. 21, núm. 38, 2019

RIBEIRO, Diego Lemos. A musealização da arqueologia: um estudo dos museus de Arqueologia do Xingó e do Sambaqui de Joinville. Revista de Arqueologia, vol.26, n°2/ vol. 27, n° 1, 2013-2014, p.96-114.

Link do Vídeo Conhecendo Museus - Ep. 41: MUSEU DE ARQUEOLOGIA DE XINGÓ DA UFS (26’02), 2015: https://www.youtube.com/watch?v=XmjUizTnxME