Cabacinha (artefato)

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Cabacinha (artefato)

Por Heyse Oliveira

A cabacinha é um artigo popular elaborado artesanalmente a partir do manuseio de parafina derretida, molde de cabaça pequena e água fria para enrijecer a peça preparada. Uma vez pronta, o segundo passo é preencher o material com líquido, por vezes perfumado ou simplesmente com água. Feito isso, as cabacinhas são colocadas em baldes ou bacias com água para serem comercializadas. A origem da cabacinha advém do entrudo, brincadeira carnavalesca de origem europeia em que os foliões jogavam água, perfume, farinha uns nos outros. A tradição do carnaval chega ao Brasil no século XIX, trazida pelos portugueses, e tinha como uma das suas maiores manifestações a brincadeira de lançar água perfumada. O carnaval passou a ser conhecido como o período em que eram permitidos os exageros, brincadeiras nas quais as pessoas se divertiam livremente. Na história do carnaval de Sergipe, estão relacionadas manifestações culturais, das quais a guerra das cabacinhas faz parte. Há registros de várias cidades que possuíam as tradicionais guerras, porém, em meados do século XIX, houve a proibição do entrudo, que, consequentemente, foi substituído pelos bailes carnavalescos, blocos e fantasias. Atualmente, a tradição das cabacinhas está relacionada às comemorações de festas religiosas ligadas aos Santos Reis. Em Sergipe, cidades como Japaratuba, Siriri e Aquidabã mantêm a tradição e festividades em seus calendários, comemoradas no mês de janeiro. Em 27 de abril de 2016, a cabacinha da cidade de Japaratuba foi registrada como patrimônio cultural e imaterial de Sergipe, através da Lei 8.114 de 27 de abril de 2016 e publicada no diário oficial através do n° 27.450, de 09 de maio de 2016.

Para saber mais:

BARRETO, L A. Notas Sobre o Carnaval Sergipano. Disponível em: https://infonet.com.br/noticias/cidade/notas-sobre-o-carnaval-por-luiz-antonio-barreto/ Acessado em:10 de março de 2019.

SERGIPE, Lei n°8.114 de 27 de abril de 2016. Torna as Cabacinhas de Japaratuba Patrimônio Cultural Imemorial de Sergipe. Publicada no Diário Oficial, n° 27.450, de 09 de maio de 2016.

SILVA, J. D da. Festas boas de Caruaru- PE: da Conceição á Capital do forró (1950-1985). 2010, 182f. Dissertação (Mestrado em História) Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, 2010.